Em Jacundá, uma assistente social foi presa ontem (2), em flagrante, pela Polícia Civil do Pará. A prisão ocorreu após a deflagração da Operação Comerciante do Alheio, que visou dar cumprimento a três mandados de buscas e apreensões expedidos pelo Poder Judiciário de Jacundá, após o parecer favorável do Ministério Público local.
As buscas e apreensões visaram angariar mais informações sobre a conduta de uma assistente social que estaria desviando medicamentos, bem como realizando cobranças indevidas por serviços públicos de saúde fornecidos gratuitamente pela Prefeitura Municipal de Jacundá.
Segundo os depoimentos já colhidos, a acusada cobrava valores dos pacientes com suspeita de covid-19, bem como dos seus familiares, para realizar a transferência do enfermo para os hospitais regionais de Marabá e Tucuruí, bem como para um suposto “acompanhamento especial” do paciente no hospital.
Em caso de óbitos, há relatos que a acusada cobrava da família valores para que se realizasse a transferência do corpo de volta para Jacundá, chegando, inclusive, a vender caixões para o sepultamento.
As buscas ocorreram na sala da Assistência Social no Hospital Municipal de Jacundá e no Hospital de Campanha de Jacundá, onde foram apreendidos computadores e listagens de pacientes, além de outros documentos que já estão sendo analisados pelos policiais civis. Na casa da acusada, os policiais civis apreenderam medicamentos, prontuários, receitas médicas e uma caixa de munição, contendo 13 cartuchos intactos. Todo o material apreendido foi apresentado na Delegacia do município, onde o inquérito policial tramita, juntamente com a assistente social, que foi presa em flagrante.