Ele era dessas pessoas que nos fazem rir a cada minuto.
Tinha uma vontade imensa de viver e uma alegria que saltava aos olhos.
Tinha uma imaginação fora do comum e guardava o coração de menino, vindo de São Caetano de Odivelas, sua terra natal, que ele tanto amava.
Viveu intensamente cada minuto de sua rica e passageira existência aqui na Terra, fez uma legião de amigos e de fãs, que adoravam vê-lo interpretar o personagem Epaminondas Gustavo.
Foi um grande representante da cultura paraense e uma grande voz de direitos sociais, que sempre defendia e informava à população paraense, através da Rádio Web Jus e de outros meios de comunicação.
Informava a sociedade também sobre a necessidade de prevenção e de cuidados, em meio à pandemia de covid-19.
Sua partida retira do Tribunal de Justiça do Estado do Pará um grande magistrado, e da sociedade paraense, um grande personagem, que fará muita falta.
O céu deve estar em festa, mas por aqui vamos chorar a sua ausência, em dilacerada dor, nesse mundo que está tão triste e sem cor. A cortina do palco se fecha e a realidade vai escancarar o quanto precisamos de mais pessoas como Epaminondas Gustavo.
Como nos versos do inesquecível e imortal Vinícius de Moraes, “De repente, do riso, fez-se o pranto, silencioso e branco como a bruma (…). De repente, da calma fez-se o vento que dos olhos desfez a última chama (…). Fez-se do amigo próximo, distante (…). De repente, não mais que de repente” (Soneto de Separação).
Siga em paz, amigo. Continue brilhando. O céu ganhou hoje uma nova estrela, de imensa luz e intenso brilho.
Deixa conosco o teu riso, em meio ao nosso pranto. Cada vez mais, precisamos da tua alegria, eternizada por tua arte.
Gratidão por tudo, Claudio Rendeiro. Gratidão por tudo, Epaminondas Gustavo.
Belém/PA, 18 de janeiro de 2021.
Diretoria Executiva da AMEPA