A AMEPA – Associação dos Magistrados do Estado do Pará, em contrariedade à postagem publicada no site do Sindojus-PA em 29.10.2020, manifesta-se no seguinte sentido:
A entidade de classe subscritora do texto de título “O assédio moral na Justiça do Pará chegou ao nível do intolerável”, lamentavelmente, prestou-se a jogar ao vento acusações genéricas contra o Poder Judiciário Paraense, sem qualquer cuidado com a compreensão técnica de termos como abuso de poder e assédio moral, exacerbando-se em suas insatisfações quanto a conclusões de órgão correicional, em desnecessário tom midiático.
Diante de tal postura açodada e impregnada de parcialidade irrefletida, faz-se necessário esclarecer que dentro de um ambiente de trabalho heterogêneo, é natural que nem todos os integrantes do grupo estabeleçam uma relação de identificação ou afeição com seu superior hierárquico, e vice-e-versa. Há ainda de se considerar que a liderança atua de acordo com uma lógica e um contexto organizacional, e que dentro do nosso espaço formal de trabalho e das exigências do cargo do Juiz/Gestor, não é incomum tensões se estabelecerem em razão da fixação de metas e de aferição de resultados. Portanto, nem toda situação de dissabor interpessoal caracteriza o que se entende como assédio moral.
Cônscia de sua obrigação de perseguir um ambiente de diálogo interinstitucional respeitoso, a AMEPA repudia o conteúdo da publicação do Sindojus, ao tempo em que anseia que as instituições representativas das demais categorias que compõem o Poder Judiciário se aliem no combate ao indesejável fenômeno do assédio moral, com ética e seriedade, para a construção de uma cultura organizacional de empatia e valorização de todos os profissionais.
Diretoria Executiva