A lei Epaminondas Gustavo celebra a alegria do magistrado Cláudio Rendeiro, criador do famoso personagem humorístico
Este mês, o governador do Pará, Helder Barbalho, sancionou a lei Epaminondas Gustavo, que determina o 18 de janeiro como o Dia Estadual do Riso. Na data, o Poder Público se propõe a incentivar e desenvolver ações voltadas para os benefícios do riso em espaços públicos, escolas e hospitais.
O dia 18 de janeiro foi escolhido por ser o Dia Internacional do Riso e também o aniversário de falecimento do juiz Cláudio Henrique Lopes Rendeiro. Em vida, o magistrado ganhou destaque ao criar o personagem Epaminondas Gustavo, que usava o humor e a linguagem popular do interior do Pará para aproximar as pessoas do Judiciário.
A lei nº 9523, que já havia sido aprovada na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) em fevereiro deste ano, está em vigor desde o dia 8 de abril, quando foi publicada no Diário Oficial do Estado.
Juiz e humorista
Cláudio Rendeiro trabalhou por mais de 25 anos na magistratura. Entre seus feitos, o juiz foi coordenador do “Começar de Novo”, projeto do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) que promove a reinserção social de presos, egressos do sistema carcerário e de cumpridores de medidas e penas alternativas, a fim de prevenir a reincidência da prática de crimes. Também trabalhou na interiorização da Vara de Execução Penal de Penas e Medidas Alternativas em 12 comarcas. Nessas varas são aplicadas penas que não incluem prisão.
Foi durante a interiorização das varas de penas alternativas que surgiu o personagem humorístico que tornou Cláudio Rendeiro conhecido não apenas no Poder Judiciário, mas em toda a sociedade paraense: o Epaminondas Gustavo. O personagem nasceu em pequenas encenações teatrais como forma de facilitar o entendimento sobre penas alternativas em comarcas do interior do Pará. O sucesso foi tanto que o Epaminondas Gustavo chegou a protagonizar campanhas de conscientização da Justiça do Trabalho, shows de stand-up, eventos institucionais e peças publicitárias, onde 100% da arrecadação dos cachês era destinada para instituições de caridade.
Seu humor alegrava pessoas de todas as idades, sempre com muitas referências da cultura paraense e com uma linguagem tão acessível que fazia qualquer pessoa entender até mesmo o “juridiquês”. Ele se expressava com piadas, canções, paródias, roupas e acessórios, em tudo a animação era sua marca. Durante os tempos difíceis da pandemia, seus vídeos caseiros nas redes sociais ajudaram a trazer sorrisos a seus milhares de seguidores.
Cláudio Rendeiro faleceu em 18 de janeiro de 2021, vítima de complicações da covid-19.