Show reuniu vários artistas do Pará para homenagear o juiz e artista, criador do personagem Epaminondas Gustavo. A AMEPA foi uma das apoiadoras.
(Fotos: Jobson Marinho/TEMPLE)
Ontem, 20 de junho, um espetáculo artístico beneficente celebrou os 57 anos de nascimento do juiz Cláudio Rendeiro, que se tornou conhecido pelo personagem Epaminondas Gustavo e deixou saudades ao falecer em janeiro de 2021, vítima da covid-19. O palco do Teatro Margarida Schivasappa recebeu um grande show, que incluiu humor, música, poesia, trovas, alegria e emoção com grandes nomes da arte paraense.
A ideia foi expressar todas as vertentes artísticas nas quais Cláudio Rendeiro atuava em vida. Os convidados se relacionam com o homenageado por serem amigos, familiares e conterrâneos que dividiram os palcos com o juiz e humorista em algum momento. Participaram do show Edilson Morenno, Nilson Chaves, Lucinnha Bastos, Markinho Duran, Rebeca Lindsay, Alba Mariah, Salomão Habib, Adilson Alcântara, Allan Roffé, Palhaços Trovadores, Cabeçudos e Mascarados e os bois Vaca Velha e Faceiro, de São Caetano de Odivelas. A noite contou, ainda, com a apresentação do filho de Cláudio, Kalleb Rendeiro.
Continuando o legado solidário de Cláudio Rendeiro, todo o valor arrecadado com a venda de ingressos para o espetáculo será usado para compra e distribuição de cestas básicas para famílias carentes de São Caetano de Odivelas, cidade natal do homenageado.
A juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) Vanilza Malcher foi a idealizadora do espetáculo em tributo a Epaminondas Gustavo. Ela conta que, apesar de ser uma homenagem póstuma ao amigo, o objetivo do evento foi levar alegria e solidariedade. “O Cláudio partiu e ficou aquele vazio, de não termos a oportunidade de nos despedirmos, por toda a situação que envolveu a partida dele. E agora que podemos nos reunir, resolvemos fazer uma homenagem presencial, fazendo o que ele fazia em vida: música, poesia, humor. É uma reunião de elementos que têm tudo a ver com o que foi Cláudio Rendeiro e Epaminondas Gustavo durante os 55 anos de vida dele”, relatou.
O espetáculo teve direção geral assinada por Adriana Fukuoka, direção musical por Rodrigo Camarão e a direção artística de Marcia Freitas. “Na última live dele, que foi em apoio ao TRT, quase todos esses artistas estavam com ele em vida. Pra gente estar aqui hoje sem ele ao nosso lado, não tem como não chorar e não lembrar. O Cláudio era isso, pura humildade e solidariedade”, disse Adriana Fukuoka nos bastidores do espetáculo.
Um momento especial da noite foi a participação de Kalleb Rendeiro. Ele subiu ao palco junto com todos os artistas da noite e cantou a música “Vaquinha de Rio”, cuja letra é uma adaptação da poesia escrita por Cláudio Rendeiro em homenagem ao boi de máscaras Vaca Velha, de São Caetano de Odivelas. “A música que é um poema do livro dele, Líricas Ribeirinhas e Outras Margens, lançado em 2018. Eu fiz só a melodia, adaptei para caber na harmonia da música, mudei alguma coisa, mas a maior parte é a poesia dele, que vou cantar. Acho bacana manter esse legado, é o mínimo que a gente pode fazer”, disse o filho de Cláudio.
Colegas da magistratura também estiveram entre a plateia que lotou o teatro para prestigiar o evento. A juíza Reijjane de Oliveira, da 1ª Vara Criminal de Icoaraci, foi uma das pessoas que assistiu ao espetáculo para matar um pouco a saudade de Cláudio Rendeiro. “Cláudio era um artista de um talento espetacular. Era escritor, poeta, humorista, tinha um humor refinado e era um grande humanista. Era um juiz de Direito que honrava a sua toga. Ele era uma pessoa muito culta, então essa homenagem dos artistas, dos cantores do Pará, foi muito significativa e também merecida, porque ele realmente deixou um grande legado para a sociedade paraense”, disse a juíza ao final do espetáculo.
Apoio
A Associação dos Magistrados do Estado do Pará (AMEPA) foi uma das apoiadoras do espetáculo. Representando a Diretoria Executiva da instituição, estiveram presentes o presidente da AMEPA, Adriano Seduvim, e a vice-presidente de Relações Sociais, Mônica Soares Fonseca. “Foi uma honra para a AMEPA apoiar essa homenagem ao saudoso colega Cláudio Rendeiro, nosso querido Epaminondas. E quero dizer que, assistindo a este bonito show, podemos ver que o Cláudio deixou não só um legado para o Judiciário, como um juiz humano que sempre foi, mas também um legado para a cultura e a arte paraense, estando eternizado na nossa história e em nossos corações. Gostaria também de parabenizar a organização, na pessoa da querida amiga Vanilza Malcher, e aos artistas que participaram da homenagem”, destacou Seduvim.
“Foi uma noite memorável, emocionante, repleta de lindos momentos com ricas homenagens ao nosso inesquecível Epaminondas Gustavo, que se eternizou, através de sua arte, que tanto nos fez rir e que nos deixou enorme saudade. Ele estava ali, nos corações dos artistas que se apresentaram e em nossos corações, e também nos símbolos que se tornaram sua marca registrada, como o pato, o remo, a rede. Sua estrela agora brilha no céu e seu riso e seu humor ecoam por toda a eternidade. Salve, Epa! Salve, Claudinho!”, disse a juíza Mônica Soares Fonseca.
O show beneficente também contou com o apoio da Distribuidora de Alimentos ROGAM, Governo do Estado, Fundação Cultural do Pará, Agência Conceito A, Amorosa e voluntários da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil do TRT 8.
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