As prisões foram executadas hoje pelo GAECO, como resultado de investigações que apuram a relação ilícita de advogados com detentos integrantes de facções criminosas.
A Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém expediu mandados de prisão preventiva contra dois advogados e três integrantes de facção criminosa do Pará, pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico de drogas, conforme apurado nas investigações levadas a efeito pelo MP-GAECO. As prisões foram cumpridas hoje, 1º de junho, pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do MPPA (GAECO), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).
As prisões preventivas ocorreram em Belém e Salinópolis e foram resultado da Operação Pombo, realizada pelo Ministério Público do Pará para apurar a relação ilícita entre advogados e integrantes de facções criminosas já detidos em unidades prisionais do Pará.
Em um ano, a investigação constatou a relação criminosa existente entre detentos da facção Comando Vermelho e os dois advogados, que se aproveitavam das prerrogativas da profissão para trabalhar como “mensageiros”, servindo de elo entre os faccionados presos e soltos.
Foram expedidos pela Justiça mandados de busca e apreensão pessoal, cujo cumprimento resultou na descoberta de bilhetes manuscritos e aparelhos eletrônicos, dentre os quais um relógio smartwatch pertencente a um dos advogados, utilizado para gravar as mensagens durante as visitas carcerárias, com o objetivo de repassá-las aos faccionados em liberdade.
As investigações apontaram que os bilhetes eram destinados a diversos integrantes da facção Comando Vermelho, dentre eles David Palheta Pinheiro, vulgo “Bolacha”, e o próprio presidente Leonardo Costa Araújo, vulgo “L-41”, ambos foragidos no Estado do Rio de Janeiro.
(Com informações do GAECO/MPPA)