Na autobiografia “A Força de Um Ideal”, Marta Inês Antunes Lima conta suas histórias pessoais e experiências profissionais como desembargadora
(Foto: Arquivo Pessoal)
Uma obra para motivar a busca e realização dos sonhos. Assim é o livro de estreia de Marta Inês Antunes Lima, desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). A autobiografia, intitulada “A Força de um Ideal”, foi lançada de forma independente e trata sobre as lições de vida da autora na busca pela realização profissional e pessoal. “A obra narra meu desejo de ser juíza, que acalentei desde menina, para seguir o exemplo de meu pai, a quem nutro até hoje extremada admiração por sua postura ética e sua vasta cultura”, relata a autora.
O texto foi escrito durante a pandemia, inicialmente a partir do desejo da escritora de contar a própria trajetória aos filhos, netos e bisnetos. “Creio que meu livro demonstra aos leitores que não há dificuldades que nos impeçam de vencer na vida. Para isso basta crer e empreender, pois a vida é uma sucessão de fatos e a nossa vontade de vencer deve estar sempre em primeiro lugar. Se o ideal for realmente forte, até os astros conspiram a favor”, afirma Marta Inês, que começou a vida profissional como professora e só entrou na área do Direito depois de passar em um concurso público para Escrivão Criminal, no qual foi a única aprovada.
Para o leitor que deseja ingressar na magistratura ou já trabalha como juiz, o livro “A Força de Um Ideal” também traz experiências e visões diferenciadas que a desembargadora aplicava em suas decisões. “No exercício da Judicatura, sempre coloquei meu ideal de Justiça acima do texto frio da lei. Muitas vezes ouvi que minhas sentenças eram alternativas, então resolvi explicar que, ao julgar, não aplicava o Direito Alternativo e sim realizava o uso alternativo do Direito”, conta Marta Inês Antunes Lima.
Em uma das histórias narradas no livro, a autora conta como uma de suas sentenças foi apresentada como um case positivo na França, pelo mestre de filosofia Dr. José Carlos Castro. “Uma jovem, portadora de necessidades especiais, que se movimentava numa cadeira elétrica, era servidora pública contratada. Prestou concurso para se efetivar e foi aprovada, mas não nas vagas destinadas como cota. Entrou com MS [mandado de segurança]. Considerei que, por Convenção Internacional da qual o Brasil era signatário, o pais se obrigava a incluir o Portador de Necessidades Especiais no mercado de trabalho e julguei procedente o pedido”, relembra a magistrada aposentada.
Marta Inês, que é membro da Academia Paraense de Letras Jurídicas, está concluindo outros dois livros, que serão lançados em breve. “Um reportando-me aos mistérios do amor, com incursão na filosofia e nos mais lindos versos que o amor despertou, e outro com retalhos de minhas publicações”, adianta a escritora.
A obra “A Força de Um Ideal” está à venda na banca de Livros Jurídicos, localizada no térreo do Fórum Cível de Belém, na praça Felipe Patroni, bairro Cidade Velha. O evento oficial de lançamento ainda não possui data definida por causa da pandemia.